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ESTUDO-15
COMO
ENCONTRA A CURA PARA ANSIEDADE?
Referência:
Filipenses 4.6-7
INTRODUÇÃO
1) A ansiedade é
considerada pelos psicólogos como a mais perigosa doença do século.
De acordo com OMS mais de 50% das pessoas que
passam pelos hospitais são vítimas da ansiedade. O psicólogo Rollo May afirma
que a ansiedade é o mais urgente e o mais grave problema desta geração.
2) A ansiedade
atinge todas as idades:
2.1) As crianças estão sofrendo de ansiedade:
Ilustração: “que vidão em filha! O Senhor é que pensa!”;
2.2)
Os adolescentes estão enfrentando ansiedade. Ilustração: espinhas no rosto, a
briga com o espelho, a pressão da família em relação ao vestibular;
2.3)
Os jovens estão vivendo em ansiedade. Ilustração: Com quem vou me casar? Onde
vou trabalhar?;
2.4)
Os casados estão ansiosos, vivendo a pressão da estabilidade financeira; a
garantia no emprego; o estudo dos filhos; o namoro dos filhos; o medo de perder
o emprego;
2.5)
Os idosos vivem ansiosos, é o medo da doença, medo da solidão. Ansiedade em
relação aos filhos e aos netos.
3) Qual foi a
última vez que você viu uma pessoa ansiosa?
Você se olhou no espelho hoje? Você é daquilo
tipo de gente de o problema está longe e você pensa que ele já está batendo à
sua porta? Você é daquele tipo de gente que quando não tem problema, você cria
um?
4) Milhões de
dólares são gastos em calmantes e em entretenimentos para aliviar o homem do
mal da ansiedade.
A
ansiedade é uma doença causada pelo pecado. Por isso, a Palavra de Deus traz
solução para esse mal.
I. DIAGNOSTICANDO
A DOENÇA QUE NOS ATACA – V. 6
Paulo
fala sobre vários aspectos da ansiedade:
1. As causas da
ansiedade
1.1.
A ansiedade é resultadso de olharmos para os problemas em vez de olharmos para
Deus
– Os crentes de Filipos não estavam vivendo num
paraíso existencial. Eles viviam num mundo cercado de perigos. Eles estavam
enfrentando perseguições (1:28). Eles corriam risco de perder seus bens e até a
liberdade. Paulo estava em prisão quando escreveu para eles. Ele estava na
ante-sala da guilhotina romana. Ele estava com os pés na sepultura. As nuvens
acima da sua cabeça eram tenebrosas. Quando olhamos as circunstâncias e os
perigos à nossa volta, em vez de olharmos para o Deus que governa as
circunstâncias ficamos ansiosos, como os espias de Israel que se viram a si
mesmos como gafanhotos. Quando removemos nossos olhos do Senhor e os colocamos
nas circunstâncias, tornamo-nos como Pedro, começamos a afundar. Ilustração:
Geazi olhou para o perigo, Eliseu para Deus. Filipe olhou para a provisão, Jesus
para o provedor.
1.2.
A ansiedade é resultado de relacionamentos quebrados
–
As pessoas nos fazem sofrer mais do que as circunstâncias. Nós desapontamos as
pessoas e as pessoas nos desapontam. No capítulo 2 desta carta Paulo diz que as
pessoas têm a capacidade de roubar a nossa alegria. Há muitas pessoas ansiosas
e deprimidas por causa de um relacionamento quebrado, de uma mágoa não curada,
de uma ferida aberta. Há muitas pessoas prisioneiras da amargura. Ilustração: A
falta de perdão torna você prisioneiro da pessoa com que você menos gostaria de
conviver.
1.3.
A ansiedade é resultado de uma exagerada preocupação com as coisas materiais
–
Paulo diz que algumas pessoas vivem ansiosas porque elas só se preocupam com as
coisas materiais (3:19). Essas pessoas fazem do dinheiro o seu deus. Eles não
confiam em Deus, mas no dinheiro. Nós vivemos numa sociedade materialista. O
dinheiro tornou-se o deus desta geração. As pessoas compram o que não precisam,
com o dinheiro que não têm, para impressionar as pessoas que não conhecem. Na
década de 50 nós consumíamos 5 vezes menos que hoje. Nem por isso somos mais
felizes. O luxo do ontem tornou-se necessidade do hoje. Na década de 70, 70%
das famílias dependiam apenas de um orçamento para sustentar a família. Hoje mais
de 70% das famílias, precisam de duas rendas para manter o mesmo padrão. Hoje,
coisas estão substituindo relacionamentos. Sacrificamos no altar do urgente, as
coisas importantes. Ilustração: O casal que depois de 15 anos estava se
separando. Colocaram trabalho acima do relacionamento.
2. Em sua
manifestação, a ansiedade tem dois aspectos: passado e futuro
a)
Em relação ao passado – Há muitas pessoas que vivem ansiosas porque nunca
resolveram os traumas e problemas do passado. Elas são prisioneiras do passado.
Paulo fala dessa realidade no capítulo 3 verso 13. Paulo tivera um terrível
passado. Mas, quando Jesus transformou a sua vida, ele sepultou o passado no
passado. Paulo não continuou a ser prisioneiro dos seus sentimentos. Ele olhou
para a cruz e tirou de suas costas o fardo que o oprimia. Ele disse: “Se alguém
está em Cristo é nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que tudo se
fez novo” (2 Co 5:17).
b)
Em relação ao futuro – O outro lado da ansiedade é o futuro. Há pessoas que
abandonam o presente com medo do futuro. Eles estão tristes hoje, porque estão
com medo do amanhã. Eles têm medo de viver e medo de morrer. Medo de ficar
solteiro e medo de casar. Medo de trabalhar e medo de perder o emprego. Medo da
multidão e medo da solidão.
3. Os resultados
da ansiedade
3.1.
A ansiedade produz uma estrangulação íntima – A palavra ansiedade traz a idéia
de estrangulação. Ela produz uma fragmentação existencial. A pessoa é rasgada
ao meio. Ela produz uma esquizofrenia emocional. A pessoa ansiosa perde o
equilíbrio.
3.2.
A ansiedade rouba as nossas forças – Uma pessoa ansiosa normalmente antecipa os
problemas. Eles sofrem antecipadamente. O problema ainda não aconteceu e eles
já estão sofrendo. A ansiedade rouba a energia antes e quando o problema chega,
se chegar, a pessoa já está fragilizada.
3.3.
A ansiedade é uma eloquente voz da incredulidade – Paulo exorta: “Não andeis
ansiosos de cousa alguma”. A ansiedade é uma debodiência a uma ordenança
divina. A ansiedade é perder a confiança de que Deus está no controle. A
ansiedade ocupa o nosso coração quando tiramos os olhos da majestade de Deus
para colocá-los na grandeza dos nossos problemas. Devemos ser como Josué e
Calebe: se o Senhor se agradar de nós, podemos triunfar sobre os gigantes.
3.4.
A ansiedade é inútil – Jesus alertou para este ponto: “Qual de vós, por ansioso
que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mt 6:27). A
preocupação em vez de dilatar a vida, a encurta. Em vez de querer administrar o
anadministrável, depois lançar sobre os pés do Senhor toda a nossa ansiedade (1
Pe 5:7).
3.5.
A ansiedade é incompatível com a fé cristã – Jesus deixou isso claro:
“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com
que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois
vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão
acrescentadas” (Mt 6:31-33). A ansiedade não concubina com aqueles que conhecem
a Deus.
3.6.
A preocupação é incompatível com o bom senso – Jesus ainda nos ensina:
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus
próprios cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mt 6:34). Você sofre hoje
pelas coisas de amanhã. Você antecipa não o futuro com a ansiedade, mas o
sofrimento que ele pode trazer. Você sofre duas vezes ou sofre
desnecessariamente. Ansiedade é uma perda de tempo, de energia, de fé.
II. ENCONTRANDO
O REMÉDIO CERTO PARA A NOSSA DOENÇA – V. 6
A
ansiedade é o oposto da vontade de Deus para nós. Um cristão ansioso é uma
contradição. Deus não apenas dá uma ordem: Não andeis ansiosos, mas oferece a
solução. Não apenas diagnostica a doença, mas oferece o remédio celestial.
1. Nós devemos
entender que Deus é maior do que os nossos problemas
–
Nossa vida está nas mãos do Deus que governa o universo. Nossa vida não está
solta, sendo jogada de um lado para o outro ao sabor das circunstâncias. O Deus
que está no trono, governa a nossa vida. Ele é maior do que os nossos
problemas. Os nossos problemas estão debaixo dos seus pés. Ilustração: Os
discípulos estavam muito ansiosos enfrentanto uma terrível tempestade de
madrugada. Jesus aparece andando sobre o mar. Ele dizendo: O que ameaça vocês,
está literalmente debaixo dos meus pés.
2. A medicina de
Deus deve ser usada de acordo com a divina prescrição
A) Aprenda a
orar corretamente (v. 7)
–
Paulo fala sobre três diferentes tipos de oração: adoração, petição e ações de
graças. A oração pode fazer por nós o que a ansiedade não pode fazer. Primeiro,
Paulo diz que devemos aprender a adorar a Deus. Oração é fundamentalmente
intimidade com Deus. Orar é estar em comunhão com o Rei do Universo. Nós
adoramos a Deus por quem Deus é. Em vez de ficarmos ansiosos, devemos
contemplar a majestade de Deus e descansar nos seus braços. Se Deus é quem é e
se ele é o nosso Pai, não precisamos ficar ansiosos. Segundo, Paulo diz que
podemos trazer a Deus os nossos pedidos. Ele é o nosso Pai amoroso. Ele cuida
de nós. Ele sabe o que precisamos. Dele procede todo dom perfeito. Oração e
ansiedade são mutuamente exclusivos. Se você não ora por todas as coisas, você estará
ansioso pela maioria das coisas. A oração é a medicina divina. Terceiro, Paulo
diz que podemos agradecer a Deus o que já temos recebido. Olhe para o que Deus
já fez (Salmos 116:7). Deus desbarata os nossos inimigos quando nós o louvamos
(2 Cr 20:21).
B) Aprenda a
pensar corretamente (v. 8)
– Assim como você pensa, assim você é. Você é
produto dos seus pensamentos. A luta é ganha ou perdida na sua mente. Se você
armazena coisas boas na sua mente, você é um vencedor. Mas se você entulha só
coisas negativas, sua vida não prosperará. Ilustração: Ana, enquanto ficou
ouvindo os arautos do pessimismo, mergulhou em profundo choro. No que dia que
ouviu a promessa de Deus, sua alma e seu ventre foram curados.
C) Aprenda a
agir corretamente (v. 9)
–
Ser cristão não é apenas conhecimento. É sobretudo vida. Conhecimento sem
prática não fará de você uma pessoa melhor do que os demônios. Eles conhecem.
Eles creêm e tremem, mas não obedecem.
III. DESFRUTANDO
DA CURA QUE PROVÉM DE DEUS – V. 7
A
cura para a ansiedade não está nos recursos humanos, mas na provisão divina.
Paulo nos ensina algumas lições importantes neste texto:
1. A cura é o
resultado do uso correto do remédio divino
–
“E a paz de Deus…”. Quando usamos corretamente o remédio prescrito por Deus,
ele produz em nós a cura. A paz de Deus é o resultado da nossa cura. A paz de
Deus é o substituto para a ansiedade. O mesmo coração que estava cheio de
ansiedade, pela oração, agora está cheio de paz. Temos não apenas a paz com
Deus, um relacionamento certo com Deus. Temos, também a paz de Deus, um
sentimento certo com Deus. Mas, temos também além da paz de Deus, o Deus da paz
conosco (Fp 4:9). Você tem não apenas um sentimento, mas uma Pessoa, a Pessoa
divina, onipotente com você.
2. A paz que
recebemos é uma paz celestial e não terrena
–
É a paz de Deus. A paz de Deus não é paz de cemitério. Não é ausência de
problemas. Não é fuga dos problemas. Não é a paz de mosteiro. Essa paz não é
produzida por circunstâncias. Ela co-existe com a dor, com as lágrimas e até
com a morte. Esta paz não é produzida por circunstâncias. O mundo não conhece
essa paz nem a pode dar. Governos humanos não podem gerar essa paz. Esta paz
vem de Deus.
3. A paz que
recebemos é relacional e existencial
– Todo cristão tem paz com Deus (Rm 5:1) e
todo cristão pode ter a paz de Deus (Fp 4:7). A paz com Deus é relacional. Ela
significa um correto relacionamento com Deus pela justificação. A paz com Deus
fala sobre nossa confiança diante do trono de Deus, porque Cristo morreu por
nós, pagou a nossa dívida e nos reconciliou com Deus. Mas a paz de Deus é
existencial. Ela é experimental. Ela fala daquela calma interior no meio dos
problemas. Esta paz fala da visitação especial de Deus nos dias tenebrosos.
Essa paz é aquela que Jó experimentou quando disse que Deus inspira canções de
louvor nas noites escuras. É paz de levou Spafford a escrever depois do
naufrágio das suas quatro filhas: “It is well with my soul”. A paz com Deus
depende da fé, a paz de Deus depende da oração. A paz com Deus descreve o
estado entre o cristão e Deus. A paz de Deus descreve a condição dentro do
cristão.
4. A paz de Deus
transcende a compreensão humana
– Esta paz não é misteriosa, mas é
transcendente. Ela vai além da compreensão humana. A despeito da tempestade do
lado de fora, podemos desfrutar de bonança dentro de nós. Esta é a paz que os
mártires sentiram diante da morte. Esta á a paz de Paulo sentiu ao caminhar
para a gilhotina: “Eu sei em quem tenho criado…”. Ilustração: A família de
Inchon que foi sepultada viva e cantou até a hora da morte.
5. A paz de Deus
é uma sentinela celestial ao nosso redor
–
A palavra “guardará” traz a idéia de uma sentinela, um soldado na torre de
vigia, protegendo a cidade. A paz de Deus é como um exército protegendo-nos dos
problemas externos e dos medos internos. Paulo diz que esta paz guarda os
nossos corações (sentimentos errados) e nossas mentes (pensamentos errados). A
paz de Deus guarda as nossas emoções e o nosso intelecto, nossos sentimentos e
nossos pensamentos.
CONCLUSÃO
•
Esta não é uma mensagem teórica. Ela é prática e funcional. Paulo não escreveu
esses princípios como um acadêmico ou teórico. Ele experimentou tudo isso que
nos ensinou. Ele estava no portão da morte. Esta caminhando para a guilhotina
romana. Mas ele estava livre de ansiedade. Sua mente e seu coração estavam
guardados pela paz de Deus. Deus não mudou e ele pode fazer o mesmo por nós.
Fonte:http://hernandesdiaslopes.com.br/2009/06/como-encontrar-a-cura-para-a-ansiedade/
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