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ESTUDO-02
OS GRANDES
PERIGOS DA VIDA CRISTÃ
Referência:
Colossenses 2.4-23
INTRODUÇÃO
1.
O apóstolo Paulo nesse texto oferece-nos um retrato do verdadeiro crente e
também alista quatro grandes perigos que a igreja enfrenta.
2. Vejamos em primeiro lugar, as marcas de
um verdadeiro crente:
I. AS MARCAS DO
VERDADEIRO CRENTE – v. 4-7
1. O genuíno crente é aquele que já
recebeu a Cristo Jesus, o Senhor – v. 6
•
A vida cristã começa quando recebemos a Cristo como Senhor de nossas vidas.
Deixamos o pecado, o mundo, o eu e rendemo-nos ao Senhorio de Cristo. Ele passa
a ser o centro e o dono de nossas vidas.
2. O genuíno crente é aquele que segue os
passos de Jesus – v. 6
•
O verbo “andai” significa “andai continuamente nele”. Um falso cristão pode
enganar por algum tempo. Demas abandonou a fé. Judas traiu o Mestre. Ananias e
Safira mentiram ao Espírito Santo. O crente verdadeiro é aquele que anda em
novidade de vida, anda no Espírito, anda como Cristo andou (1:10).
3. O genuíno crente é aquele que está
arraigado e edificado em Cristo – v. 7
•
RADICADOS – Radicados é uma palavra da agricultura. O crente é como uma árvore
e não como a palha que o vento dispersa. O crente não é como uma semente que os
ventos de doutrina dispersa. As raízes são a fonte da vitalidade e da
estabilidade da árvore.
•
EDIFICADOS – Edificados é uma palavra da arquitetura. Está no presente
contínuo. Quando nós cremos em Cristo lançamos o fundamento. Depois precisamos
crescer em graça.
•
CONFIRMADOS E INSTRUÍDOS – A palavra “instruído” sugere que a vida cristã é uma
escola. É a Palavra de Deus que edifica e fortalece o cristão.
•
CRESCENDO EM AÇÕES DE GRAÇAS – A palavra “crescendo” traz a idéia de um RIO.
Quando cremos em Cristo uma fonte é aberta em nós (Jo 4:10-14). Depois isso
transforma-se em um rio (Jo 7:37-39).
II. OS PERIGOS
QUE O VERDADEIRO CRENTE ENFRENTA – v. 8-23
1. O PERIGO DAS FALSAS FILOSOFIAS – v.
8-15
•
Paulo alerta os crentes para os perigos das falsas filosofias, mormente o
Gnosticismo. Os falsos mestres procuram os crentes em vez de ir buscar as
pessoas no mundo. Crentes imaturos e analfabetos da Palavra são presas fáceis.
A palavra “enredar é sequestrar”.
•
Basicamente os falsos mestres estavam ensinando:
1)
uma filosofia adicional ao Cristianismo;
2)
um sistema de astrologia (stoiqueia = rudimentos do mundo = os espíritos
elementares do mundo, especialmente os astros e planetas);
3)
impondo a circuncisão aos cristãos;
4)
estabelecendo regras e prescrições ascéticas;
5) queriam induzir o culto aos anjos.
•
Os gnósticos acreditavam que os anjos e os corpos celestes influenciavam a vida
das pessoas. Hoje muitas pessoas são dependentes de horóscopo, mapas astrológicos.
•
O ensino básico dos gnósticos não era negar Cristo, mas negar sua suficiência e
supremacia. Eles olhavam para Cristo apenas como uma peça da engrenagem. Era
Cristo mais o conhecimento. Paulo mostra: 1) Em Cristo reside toda a plenitude
– v. 9; 2) Em Cristo nós estamos aperfeiçoados – v. 10.
• O apóstolo Paulo aborda quatro
verdades sobre a obra completa de Cristo por nós e que não precisamos nada mais
além de Cristo:
1.1. Nós fomos circuncidados em Cristo – v. 11
•
A circuncisão de Cristo é diferente da judaica. A circuncisão judaica era uma
cirurgia externa; a de Cristo é no coração; a circuncisão judaica era apenas de
uma parte do corpo; a de Cristo de todo o corpo; a circuncisão judaica era
feita pelas mãos; a de Cristo feita não por mãos; a circuncisão judaica não
podia ajudar as pessoas espiritualmente; a de Cristo capacita-nos a vencer o
pecado.
•
O que a lei não pode fazer, Jesus Cristo fez por nós. A nossa velha natureza
não foi erradicada (1 Jo 1:5-2:6), mas agora, em Cristo, recebemos poder do
pecado tem sido quebrado na medida que andamos com Cristo pelo poder do
Espírito.
1.2. Nós estamos vivos em Cristo – v. 12-13
•
Paulo usa aqui a figura do batismo como nossa identificação com Cristo. Tudo
que aconteceu com Cristo, aconteceu conosco: Quando Cristo morreu, nós morremos
com ele. Quando Cristo foi sepultado, nós fomos sepultados com ele. Quando
Cristo ressuscitou, nós ressuscitamos com ele e deixamos as roupas da velha
vida na sepultura (Cl 3:1-14).
• A aplicação é prática: Desde que
estamos identificados com Cristo e Crsito tem a plenitude de Deus, nada mais
nos falta!
1.3. Nós estamos livres da Lei em Cristo – v.
14
•
Jesus não somente levou os nossos pecados sobre a cruz (1 Pe 2:24), mas ele
também levou a lei sobre a cruz e a encravou na cruz. A lei que era contra nós,
porque era impossível que nós cumpríssemos as demandas da lei.
1.4. Nós somos vitoriosos em Cristo – v. 15
•
Jesus não somente lidou com o pecado e com lei na cruz, mas também com Satanás.
Jesus despojou os principados e potestades na cruz. Jesus expôs os demônios ao
desprezo num espetáculo público. Jesus triunfou sobre os demônios na cruz.
2. O PERIGO DO LEGALISMO – v. 16-17
•
Paulo usa aqui o grande alerta. Em virtude de tudo aquilo que Cristo é e fez
por nós, não devemos permitir que ninguém nos julgue pelas regras do legalismo.
E Paulo nos dá três razões:
2.1. A base da nossa liberdade – v. 16a
• A preposição “pois” nos ensina que a
base da nossa liberdade é a pessoa e a obra de Jesus Cristo.
2.2. A escravidão do legalismo – v. 16
•
Pedro chamou o legalismo um jugo, uma canga no pescoço (At 15:10). “Agora,
pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que
nem nossos pais puderam suportar nem nós?”
•
Paulo usou a mesma figura da escravidão: “Para a liberdade foi que Cristo nos
libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de
escravidão” (Gl 5:1).
•
Jesus deixou claro que comida em si mesmo é algo neutro. Não é o que entra pela
boca, mas o que sai do coração (Mt 15:1-20). Paulo diz que “não é a comida que
nos recomendará a Deus” (1 Co 8:8).
•
O legalismo não só envolve dieta de comida, mas também dias sagrados. A igreja
cristã não é prisioneira de calendários nem de dietas. O próprio sábado é uma
sombra. A realidade é Cristo.
2.3. A bênção da graça – v. 17
•
A lei é sombra. Mas em Cristo nós temos a realidade, a substância. Por que
retornar à sombra, quando nós temos a realidade em Cristo?
• O legalismo é popular porque você mede
a sua espiritualidade e se orgulha disso. Mas o legalismo é um caldo mortífero.
3. O PERIGO DO
MISTICISMO – v. 18-29
•
O perigo aqui é o Misticismo, a crença que uma pessoa pode ter uma imediata
experiência com o mundo espiritual, completamente à parte da Palavra de Deus e
do Espírito Santo.
•
Os falsos mestres em Colossos tinham visões e faziam contato com anjos. Assim,
eles abriam-se a si mesmos para toda sorte de atividades demoníacas, porque
Satanás é um especialista em se transfigurar até em anjo de luz para enganar as
pessoas (2 Co 11:13-15).
•
Os crentes não podem se envolver com cerimônias de misticismo, de rituais
iniciáticos para se achegarem a Deus ou se desenvolverem moral ou
espiritualmente. Temos tudo em Cristo. Tentar chegar a Deus através de qualquer
experiência ou pessoa que não por meio de Cristo é falsa humildade. É orgulho,
pois é abandonar as Escrituras para seguir outro caminho que não o de Deus.
4. O PERIGO DO ASCETISMO – V. 20-23
•
Paulo condenou as falsas filosofias, o legalismo, o misticismo e agora condena
o ascetismo, a crença de que podemos crescer espiritualmente abstendo-nos de
coisas, flagelando o nosso corpo e mortificando-nos fisicamente.
• No v. 21 Paulo sintetiza O ASCETISMO
em três verbos: NÃO MANUSEIES, NÃO PROVES, NÃO TOQUES.
•
Embora devemos ter cuidado com o nosso corpo como Templo do Espírito Santo,
precisamos entender alguns perigos do ascetismo carnal:
4.1. A posição
espiritual do cristão – v. 20
•
Os rudimentos do mundo aqui são as regras sobre comidas. Como cristãos nós já
morremos para tudo isso por causa da nossa união com Cristo em sua morte,
sepultamento e ressurreição. Embora nós estamos no mundo fisicamente, nós não
estamos no mundo espiritualmente.
4.2. A
futilidade das regras ascéticas – v. 21-22
• Essas regras em primeiro lugar não
procedem de Deus, mas de homens.
•
Deus nos dá todas as coisas para vivermos prazeirosamente (1 Tm 6:17). Todos os
alimentos foram criados para serem recebidos com ações de graça (1 Tm 4:3). Mas
as doutrinas de homens tentam substituir a Palavra de Deus (Mc 7:6-9). Jesus
disse que a comida vai para o estômago e não para o coração (Mc 7:18). Paulo
diz que não existe nenhuma coisa em si mesma impura (Rm 14:14). Comer ou não
comer não nos faz mais ou menos espirituais.
• A comida será também destruída.
4.3. O engano do
ascetismo – v. 23
•
O ascetismo tem aparência de sabedoria e humildade, mas ele não tem nenhuma
valor diante de Deus. Ele é um sacrifício inútil. Ele não tem valor espiritual
nenhum. Ele é um engano.
CONCLUSÃO
•
Neste capítulo Paulo defendeu a preeminência de Cristo e condenou os perigos do
gnosticismo, do legalismo, do misticismo e do ascetismo.
• Paulo faz quatro críticas a esses
ensinos heréticos:
1) Tudo isso que eles supervalorizavam era
apenas sombra da verdade; a verdade real está em Cristo – v. 17.
2) Há algo assim como uma falsa humildade
– v. 18,23
3) Isso pode conduzir a um orgulho
pecaminoso – v. 18,23
4) Isso constitui num retrocesso para uma
escravidão anticristã – v. 20
Rev. Hernandes Dias Lopes
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