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ESTUDO-09
QUANDO
TUDO PARECE PERDIDO
Referência:
JOÃO 11
INTRODUÇÃO
As
crises são inevitáveis = Lázaro mesmo sendo amigo de Jesus, amado por Jesus, ficou
doente.
As
crises podem aumentar = Lázaro procurou todos os recursos, inclusive Jesus, mas
chegou a morrer. Parece que tem hora que uma tempestade desaba sobre a nossa
cabeça. Nosso lar é fuzilado com artilharia pesada. Perdas. Prejuízos.
Acidentes. Luto. Oramos e nada acontece. Aliás, piora. Queremos alívio e a dor
aumenta. Queremos subir, e afundamos ainda mais.
Este
texto fala-nos de Jesus: sua amizade, onisciência, coragem, compaixão, ira e
seu poder. Este é o retrato de Deus. Este é o nosso assunto.
I. UMA RECADO
PARA JESUS – v. 3,5,11
“Senhor
está enfermo aquele a quem amas.”(v. 3).
Marta
e Maria nada pediram a Jesus. Só informaram. É impossível amar a um amigo e
abandoná-lo. Concentram não no amor delas por Jesus, mas no amor de Jesus por Lázaro.
Elas
sabiam que Jesus viria. Sabiam que Jesus as atenderia. Sabiam que bastava este
recado para mover e remover Jesus. Bastava este recado para que Jesus mudasse
toda a sua agenda e todo o seu calendário.
Isso
era o panlógico. O óbvio. O normal. O previsível. O natural. Ilustração:
ANDREWS FALA DE DOIS AMIGOS QUE LUTARAM JUNTOS NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL – “Eu
sabia que você viria…”
II. A DEMORA DE
JESUS – v. 6
Aos
invés de cancelar seus programas e ir logo a Betânia, manda um recado para
Marta e Maria que aquela enfermidade não era para a morte, e Lázaro morreu!
Como
conciliar o amor com a demora? Marta e Maria introspectivaram-se. Fizeram
cavernas na alma. Abriram um poço de questionamento.
A
angústia das irmãs: Lázaro piorando…como harmonizar a Palavra de Jesus com as
condições de Lázaro? Muitos certamente passaram a censurar a Jesus: Por que ele
não veio? Falta de amor! Desinteresse! Descuido!
Muitas
vezes Deus parece demorar:
a)
Prometeu um filho a Abraão e Sara = Só depois de 25 anos cumpriu a promessa.
b)
A tempestade no mar = Só na quarta vigília da noite Jesus vem.
c)
Jairo vai pedir a Jesus = Vai para curar sua filha e se atrasa na viagem.
Quando chega a jovem já estava morta.
Marta
entra em angústia com a situação. Sua fé vacila. Passa por três provas:
d)
Ausência de Jesus = Todos podiam ter faltado, menos Jesus. “Senhor, se
estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.”
e)
A demora de Jesus = Jesus não teve pressa. Adiou a viagem.
f)
A morte de Lázaro = Agora não adianta mais. Agora é tarde. Agora não tem mais
jeito.
Marta
crê que JESUS PODERIA TER SIDO v. 21 = PASSADO
Marta
Crê que JESUS SERIA – v. 24 = FUTURO
Marta
não crê no Jesus que age AGORA = PRESENTE. Então Jesus lhe diz EU SOU – v. 25
Marta
vacila entre a FÉ e a LÓGICA: “Eu sei…” (V. 22,24)
Coré
também enfrentou este problema da demora de Deus. “Onde está o teu Deus?” =
Seus inimigos punham o seu Deus no banco dos réus e perguntavam-lhe: “Onde está
Deus que não evitou a tragédia, o acidente, o prejuízo, a doença, a morte…?”
Talvez
essa é a sua angústia = Você tem orado pelo seu casamento e o vê mais perto da
dissolução. Você tem orado pelo seu cônjuge e o vê mais insensível. Você tem
orado pelos seus filhos e eles continuam mais distantes de Deus. Você tem orado
pelo seu emprego e ele ainda não surgiu. Você tem orado por um namorado(a)
crente e ele(a) não aparece. Você tem orado pela sua igreja e ainda há corações
duros como uma pedra que resistem ao Senhor.
III. A MOTIVAÇÃO
DE JESUS – v. 4
Jesus
não tem pressa. Ele não chega atrasado. Ele não falha. Ele não é colhido de
surpresa. Ele conhece o fim desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele
enxerga o futuro desde o passado. Por isso, demorou mais dois dias, porque
sabia o que ia fazer!
Os
olhos daquele que vira Adão escondido no Éden; os olhos daquele que vira a
intenção dos construtores de Babel. Os olhos daquele que sonda os corações
estava atento ao seu amigo Lázaro. Nada escapa ao seu controle. Aquele
enfermidade era para a glória de Deus. Ressuscitar um morto é algo mais
estupendo do que curar um enfermo. Ressuscitar um morto de quatro dias é mais
extraordinário do que ressuscitar um que acabou de morrer. Os discípulos
creriam. Marta e Maria seriam consoladas.
Rm
8.28 = TODAS AS COUSAS COOPERAM PARA O BEM… Ex.: A Vida de José do Egito =
Odiado, vendido, traído, preso, esquecido. 20 anos de ostracismo. Deus o
elevou. Deus está no comando. Em Cristo somos mais que vencedores.
IV. A CORAGEM DE
JESUS – v.
Jesus
não age pela pressão, pelo calendário humano. Ele sai da Galiléia certo de que
seria preso, morto, crucificado. Mas nada o detém. Ele não levou em conta a
vergonha da cruz.
No
Evangelho de João Jesus manifestou-se sete vezes como o EU SOU:
a)
EU SOU O PÃO DA VIDA (6.15) = Mas os homens não tinham apetite espiritual.
b)
EU SOU A PORTA (10.9) = Mas os homens não quiseram entrar por Ele para terem
salvação, provisão e libertação.
c)
EU SOU O BOM PASTOR (10.11) = Mas os homens não quiseram ouvir a sua voz.
d)
EU SOU A LUZ DO MUNDO (8.12) = Mas os homens amaram mais as trevas do que a
luz.
e)
EU SOU A VIDEIRA (15.5) = Mas os homens não eram galhos da videira.
f)
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA = Mas os homens planejaram a sua morte e o levam
à cruz.
V. O CHORO DE
JESUS – v.
O
conceito de Deus hoje é muito desfocado, deslunetado: Ilustração = Billy Graham
– vê uma mãe jogar seu filho no rio Ganges como forma de sacrifício, para
alcamar o ânimo dos deuses + sacrifícios humanos de Magia Negra.
Jesus
não o Deus distante dos DEITAS; nem o Deus impessoal dos PANTEISTAS; nem o Deus
iracundo e caprichoso dos FEITICEIROS; nem o Deus fatalista dos ESTOICOS; nem o
Deus bonachão dos EPICUREUS. Jesus não é o Deus morto, fixado na madeira, na
pedra, no mármore, carregado no ombro pelos seus fiéis. Jesus não é o Deus legalista,
xerife cósmico dos FARISEUS.
Jesus
é o Deus que sofre conosco. Que chora pela nossa dor. Ele é o Deus que vê, que
ouve, que sente e que intervém.
Jesus
sabe o que é a dor do sem teto = pois ele não tinha onde reclinar a cabeça.
Jesus sabe o que é dor da pobreza. Ele conhecia a linguagem dolorida do salário
mínimo.
Jesus
sabe o que é a dor da solidão = Nas horas mais difíceis ele estava só. No
Getsêmani foi deixado só. Para a cruz foi só. Todos o deixaram.
Jesus
sabe o que é a dor da perseguição = Perseguido pelo diabo, pelo sanguinário
Herodes, pelos fariseus e pelos escribas.
Jesus
sabe o que é a dor da traição = Traído pela multidão que o aplaudiu. Traído por
Judas, seu amigo. Negado por Pedro, seu apóstolo.
Jesus
sabe o que é a dor da humilhação = Preso, espancado, cuspido, rasgado, pregado
na cruz debaixo de zombaria.
Jesus
sabe o que é a dor da enfermidade = Ele tomou sobre si nossas enfermidades e
nossas dores.
Jesus
sabe o que é a dor da morte = Ele mergulhou a sua alma na morte para matar a
morte com a sua morte e tirar o aguilhão da morte com a sua ressurreição.
Jesus
solidarizou-se com a sua dor. Ele sofre com você. Ele chora com você. Ele tem
compaixão de você. Descem lágrimas dos olhos de Deus. Ele se sensibiliza com os
nossos sofrimentos e traumas. É um Deus apaixonado. Isso terapeutiza a minha
dor.
VI.
A IRA DE JESUS – v. 33
“Ele
se agitou em espírito” = Jesus se revolta contra as causas que nos fazem
sofrer. Ele sentiu náuseas da morte. Sua ira acendeu-se contra o pecado, que é
a causa primeira da morte. Sentiu indignação contra os efeitos terríveis do
pecado.
Choro
por ter chamado Lázaro do descanso do paraíso, para uma realidade terrena, onde
está presente o mal e o pecado.
VII. A AÇÃO
ONIPOTENTE DE JESUS – v. 39-44
A
palavra impossível não tem no dicionário de Jesus. Ele é o Senhor das causas
perdidas.
Lázaro
já está morto há quatro dias: MORTO = sem vida; GELADO = sem calor; SEPULTADO =
preso entre quatro paredes; JÁ CHEIRA MAL = decomposição; ATADO = preso e
imobilizado.
Marta
vacila na fé. Agora não adianta mais. Já cheira mal. É caso perdido.
SE
CRERES VERÁS A GLÓRIA DE DEUS = Crer para ver e não ver para crer.
A
onipotência divina não anula a responsabilidade humana = TIRAI A PEDRA (V. 39)
+ DESATAI-O E DEIXAI-O IR (v. 44). Deus fez o impossível, mas o homem deve
fazer o possível.
A
ordem para a morte: “LÁZARO, VEM PARA FORA!” = A morte lhe obedece. Os mortos
ouvem a sua voz. Jesus é especialista em causas perdidas. Qual é a sua causa
perdida? Conversão familiares? Restauração do casamento? Cura de uma
enfermidade? Um novo emprego? Uma igreja mais santa, amorosa e dinâmica?
CONCLUSÃO
Os
resultados da intervenção de Jesus na ressurreição de Lázaro tiveram duas
reações:
1)
Muitos judeus creram nEle (v. 45).
2)
Outros o rejeitaram (v. 46). Qual é a sua reação, qual é a sua decisão? Amém.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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